Uma vez
perguntaram- me
o momento que eu me sentia pleno
feliz?
Rápido a resposta:
É a espera da chuva.
Não
uma chuva ordinaria,
mas
a primeira grande chuva do ano.
Aquela
em que se sabe que o ano
É de fartura.
Foi assim que me senti
naquele dia,
quando
estava sentado
no banco,
em frente
a uma chuva
que aparentava
cair a ququer momento
Em Cordeiros.
Era nuvens cheias,
escuras
e cada vez mais se aproximavam.
"É chuva.
É uma grande chuva",
pensei.
Pessoas passavam
apressadas.
Impressionava
nesses dias.
Elas sorriam,
Até os moleques
faziam planos para tomar banho embaixo
de uma biqueira.
Eu ficava sentado
olhando
e acompanhava
todo movimento:
De início
um vento frio,
mas
percebiamos pequenos raios.
- Vai chover!
Ouvia de alguém.
" Vai chover
muito!
Falei para mim mesmo:
- É chuva para encher rios.
Olhei
para
o pé de figo,
as folhas
moviam-se,
as andorinhas
começavam a procurar esconderijos.
Olhei
outra vez
para as nuvens
e vi
que cortando o céu,
um arco-íris
grande,
cortava
De um horizonte a outro o céu.
- "Aquilo não"!
ouvi de alguém,
"Arco-íris carrega a chuva".
Era bonito
Confesso,
mas era assustador.
Queria chuva,
Seu Serverino em sua
sapciencia
de carieizeiro
dizia
que
"arco-íris leva a chuva,
pois era uma
lembrança de Deus
ao prometer
jamais
outro dilúvio".
Eu
não queria um dilúvio,
queria
uma grande
chuva.
Uma chuva
que enfeitavam o campo.
Fiquei
Mirando
um tempo
percebi
que outra vez
cenário mudou:
um vento forte,
Percebi que as nuvens vinham carregadas.
Aquilo
me fez
erguer
Vi
relâmpagos ,
e em seguida
trovão
muito forte.
Foi como se tivesse caído pedras
pela cidade.
- Eita!
esse foi grande.
Gritou alguém.
Mas tive que
correr
em seguida
outro
e outro.
E outro
E outro
Começou a chover com pingos fortes.
Era gelo!
pedras de granizo
começavam a cair
que doía
no corpo.
Começou o inverno!
"Zefa, começou o inverno"